Há alguns anos fiquei apaixonada por um rapazinho. Essas paixonites que a gente fala o tempo todo e sempre tem aquela amiga que a gente usa para desabafar. Pois é, essa mesma amiga que me ouvia, e aparentemente torcia, acabou ficando com meu amado numa festa que não pude ir. As outras amigas vieram me consolar, pôxa, que chato, que situação, você supera. Eu e ela continuamos (quase) na mesma. Fui absolutamente sensata, afinal de contas eles eram solteiros, e livres.
Tempos depois ficamos amigos: eu e ele. Afinal, não havia motivos para me afastar da minha (quase) melhor amiga, então nossa convivência (e intimidade) foram inevitáveis. Um dia houve outra festa. Todos foram, menos eu. Menos ele. Descobri quando o interfone da minha casa tocou e era ele querendo conversar. Confessou que sabia que eu gostava dele na época que assumiu o namoro com a minha amiga, mas que havia se arrependido da escolha.
O foco da questão não é minha (suposta) burrice ou a (suposta) canalhice dele. Eu não estava mais apaixonada ao ponto de querê-lo para mim. Também não me aproveitei da liberdade que tínhamos para tentar uma aproximação. Mas ele era extremamente atraente (uma delícia!), estava me querendo, e eu não tive nem 1% de remorso por ter passado aquela noite com ele.
Por quê?
Porque me senti na liberdade de seguir meus instintos e não me privar dos meus desejos. A partir do momento que ela não teve ética, ela rompeu qualquer compromisso ético recíproco. Simples assim. Passa a régua.
Muitas pessoas ficaram contra mim. Ora, passar a noite com o namorado da amiga? Isso não se faz, eles estão namorando. Mas nós éramos amigas, remember?
Que cobre DELE, já que o compromisso é com ele. O compromisso que ela tinha comigo ela rompeu lá trás… Sinceramente eu não tenho nada a ver com isso. Não mesmo.