Na escola, como professores, sabemos quais são os alunos bons, interessados, que nadam contra corrente. Nosso sonho é separá-los dos demais e coloca-los juntos numa sala só, por uma questão de solidariedade com quem quer aproveitar mais o professor. Claro que não dá para fazer isso. Vem toda qualidade de conselho, a ONU, o Papa, a NASA, enfim, e acaba com a gente. Mas que eu acho que seria LINDO, isso eu acho.
Entenda que esse texto não é sobre escola. O fato é que sou meio elitista. E como boa defensora de mim mesma, que sempre me verei com meus próprios olhos (oi?), acredito que seja por uma boa razão.
“Todo mundo é igual”. Desculpa, mas existe isso não, gente. Todos são biologicamente capazes de desenvolver seu intelecto, porém, por fatores sociais, econômicos, psicológicos, não conseguem. Por isso a Terra foi dividida entre os bons e os…bem, menos bons. Ok, já não sei mais o que estou dizendo, mas, desculpa (de novo), tem gente que não sabe a diferença entre usar um fone de ouvido e não usar, por exemplo. Essa pessoa está dentro do mesmo ônibus, junto comigo, que sei. Ela será uma pessoa feliz pelo resto da vida e eu tomarei remedinhos até os 100 anos, para não atrapalhar sua felicidade.
Dia desses comprei um celular mais moderno, desses que a gente pode brincar o tempo todo. Pude comprar graças à popularização, mas já entendi a reclamação dos metidinhos-que-não-gostam-de-se-misturar-com-a-ralé. Estão fazendo churrasquinho e pagode na minha piscina! Não vou descrever os absurdos, porque não quero ser agressiva com quem se encaixa no perfil, mas, cá entre nós, para de ficar tirando foto de bolo queimado e colocando moldura. Beleza é relativo, mas mau gosto é universal.
A ignorância se acha bonita e não se contenta em se olhar no espelho.
Existe o rico e existe o pobre. Só que informação, conhecimento e bom senso vem tudo junto. O dinheiro não é a moeda. É o interesse e a instrução.
Houve uma época que cheguei a pensar que uma Lady Di da vida que era feliz. Imagina? Só a galera real. BUT, ela lidava com a ignorância do tamanho de sua realeza. Não deve ser fácil lidar com a ignorância que não dá para ser explicada. Do lado de cá, pelo menos a gente sabe. Eu acho.
Bom, vou parar de enrolar e escolher vocabulário, e finalizar com palavras que estão no meu coração: porra, parem. Não precisa de curso na França para NÃO ser enfadonho, inconveniente ou mal educado. PARA de levar farofa para piscina. Ou PARE de ser a farofa.
Como leitora assidua do seu blog, adorei!
Adorei mais ainda a resposta:
“Na verdade eu não quis chegar a lugar algum. É que o blog é meu e escrevo o que quiser.
Meio isso.”
Continuo lendo-te.
:***
Querida Patrícia, tb te amo.
Sinceramente eu não entendi onde você quis chegar com este texto.Acho ainda preocupante existirem tantas pessoas incomodadas com a inclusão social e digital.Sempre vamos encontrar pessoas que falam alto ao telefone dentro restaurante, do elevador, ou onde nunca deveria como no cinema e no teatro,motoristas que não respeitam a faixa de pedestres e conduzem como se só existissem eles na rua, sempre encontraremos também pessoas que esbarram nas outras e não se desculpam, pessoas que ouvem música no último volume nos seus automóveis ou em casa,pessoas que expõem detalhes sórdidos de sua vida nas redes sociais , enfim, vamos encontrar de tudo um pouco nesse mundo de meu Deus; e todo mundo está cansado de saber que todos esses comportamentos são consequências de uma boa ou má base familiar, e de uma boa ou má educação; e para mudar esse cenário descrito por você e que incomoda muita gente inclusive você mesma, deveria existir uma sociedade menos desigual social e economicamente e onde o acesso a uma educação de qualidade fosse uma realidade para todos e não apenas para alguns que podem pagar.Enquanto esta realidade infeliz não mudar, vamos encontrar a outra que é chata, irritante, incomoda , mas que é uma realidade perfeitamente normal, dentro de uma sociedade composta por indivíduos distintos cada um com as suas particularidades comportamentais, econômicas e sociais.
Quem tem condições para discernir o que é mais correto e aceitável dentro dos relacionamentos sociais , deve usar esse benefício para desenvolver um melhor senso de tolerância para saber conviver com essas diferenças.
Na verdade eu não quis chegar a lugar algum. É que o blog é meu e escrevo o que quiser.
Meio isso.
(Que preguiça)
Eu não entendi porque você se estressou.É preciso ter maturidade para aceitar críticas; você é blogueira? deveria estar acostumada com isso e saber responder com profissionalismo,no contexto do que foi escrito, e não responder dessa forma tão infantil.
Texto ácido. Cheio de reflexões intelectualóides que eu amo. E frases de efeito que não se esgotam em si mesmas, mas traduzem um sentimento que vários compartilham.
Nome disso é o q, gente? GENIALIDADE.
ADORO.