Histórias de amor. Cada uma com suas particularidades. Alguns planejam os nomes dos seus futuros filhos, o casamento ou alguma outra forma bonita – porque histórias de amor devem ser bonitas – de escrever o “felizes para sempre”.
Uma vez minha história se passaria em Bali. Um dia, eu e o amor da minha vida, iríamos juntos para lá, e no meio daquele cenário paradisíaco teríamos o momento mais mágico da nossa história. Dos planos, não lembro os detalhes, mas o sonho virou parte da nossa realidade: um dia iríamos a Bali. Certeza.
Aquela história de amor acabou, e Bali ficou guardada na estante.
Houve outras histórias, outros cenários. Alguns influenciados por filmes e livros, que ajudam a imaginação. Quem nunca sonhou com Paris ou Barcelona após assistir a algum Woody Allen? Quem nunca sonhou em transformar sua história de amor na mais linda de todas? E seremos felizes para sempre, claro. Porque todo mundo quer ser feliz para sempre com o amor da sua vida, e não custa nada que seja um pouquinho em Paris. Ou seja lá onde for.
Minhas últimas histórias não sobreviveram a tempo de programar ou imaginar cenários. Dia desses vi umas imagens de Bali e lembrei da história guardada na estante. Senti falta do coração aquecido. Como uma boa romântica, sou nostálgica, mas não sinto falta do passado exatamente. Sinto falta de viver histórias de amor, dessas que nos dão asas para sonhar, e, quem sabe, realizar. Dessas que enchem o coração da gente de esperança e de conseguir ver o céu sempre azul ou sempre cheio de estrelas – e ser piegas sem a menor vergonha.
É difícil encontrar alguém que saiba voar com a gente. Normalmente acho que sabendo voar, posso levar o outro comigo. Faço de mim a protagonista e tento fazer do outro apenas mais uma peça do cenário para que meu sonho seja realizado. Pobre garota… Não é assim que funciona. Se o outro não quer, não sabe, não pode, não é você que lhe fará voar. Histórias de amor não são escritas com antecedência. Bem, não assim sozinha.
Coloquei Bali de volta na estante.
Seria mais fácil escolher os nomes das crianças?
Te conhecendo, vejo o quão significativa é a reflexão contida no último parágrafo (o último grande). Acho q é bem isso mesmo, migalhes.
E não quero mais te ver dar carona pra quem não tem asas.
Qualquer hora pinta um ser alado hiper bacana. Bem na medida do teu merecimento.
;-)