Sobre amizade

Dizem que escrevemos melhor quando estamos tristes. Não é uma regra, mas devo concordar. Eu, por exemplo, normalmente sinto mais necessidade de escrever quando estou magoada ou quando preciso justificar para o “mundo” que minhas atitudes e pensamentos têm fundamento. Chato isso.

Escrever é uma forma de ser ouvida e não ser interrompida.

Mas, não é minha intenção gerar um texto metalinguístico (gostaram?). Não é sobre nada disso que pretendo falar hoje. Comecei com a intenção de tentar descobrir o porquê escrevemos tanto quando estamos com o coração cansado. Por que as pessoas se identificam tanto comigo quando estou abatida? Não é injusto?

Agora pense numa pessoa querida. É! Qualquer uma! Tenho a péssima mania de me sentir vítima desse mundo esquisito que a gente vive. Por que não consigo simplesmente abstrair tudo aquilo que desaprovo/que me faz mal, se eu tenho coisas muito mais construtivas para contar? Acho falso quem é feliz o tempo todo, mas sabe…eu tenho amigas sensacionais, que me fazem feliz o tempo todo. Bem, não assim o tempo todo, porque agora cismaram de tomar meu último gole de Coca-cola. Traumático.

Dia 15: A foto de um irmão/irmã de alma

O desafio de hoje é falar das pessoas que só nos fazem bem. Difícil para quem é dramática e vítima do mundo. Mas, pensando bem…

Sabe aquele dia que caí no fundo do poço, e já estava descendo o primeiro degrau? Sim, eu fui socorrida. Se saí do fundo do poço? Não, mas tive com quem conversar… Eu precisava que alguém me ouvisse chorando. Só isso. É…a gente precisa saber que não está sozinha. Ela foi um desses anjos que Deus coloca em nossas vidas, que consegue nos fazer lembra o quanto estamos acima de tantas coisas que o coração não tem deixado a gente ver. Aquela amiga que te lembra tudo que você esqueceu que é.

Outro dia, por intermédio de outras pessoas, apareceu uma senhora na minha vida, que se disponibilizou em me ajudar com um probleminha burocrático que andava tirando meu sono há alguns dias. Uma senhora, que faz tratamento sério de saúde, se disponibilizou vir até a mim e me ajudar pessoalmente. E mesmo doente, ela me pareceu a pessoa mais cheia de vida que já conheci até hoje.

Sim, as pessoas são más e eu tenho medo delas. Porém, maior que toda essa maldade é a bondade de quem está perto. Se de repente tudo parece ruim, é de repente que a gente também se surpreende, e aprende a se equilibrar no mundo.

Também sou acusada de ser má às vezes. Quanto a isso, ainda não tenho explicação, mas tenho certeza que muito maior que qualquer (suposta) maldade foi a intenção de acertar. Bem, algumas vezes nem tanto. E, claro que só estou justificando. Ninguém se sente má assim por querer.

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