Burguesinha?

Sim, sou consumista. “Nossa, você é consumista!” dizem, olhando nos meus olhos, como se essa fosse A descoberta. Até seria se vivêssemos, sei lá… em Marte? Difícil nesse mundo é saber quem não é. Não sou compulsiva ao ponto de não resistir um aparador de pelos para o nariz, mas, sim, claro, já aconteceu de comprar algo que não servia para absolutamente nada. O que também não é novidade alguma.

Quem nunca comprou aquele sapato lindo, naquela loja caríssima, que estava com até 70% de desconto? Aí, você se acha super safa, espertona, que conseguiu comprar um sapato daquela loja sensacional por aquele precinho maravilhoso. Porém, naquele dia que você planejava sair e arrasar com AQUELE sapato, percebe que NADA combina com ele. E nunca combinará.

Mas, confesso que minha superioridade intelectual não permite que eu seja modesta quando faço uma boa compra, ou seja, conseguir barato o que parece caro ou o caro por um preço barato. Pura genialidade matemática.

No entanto, o ponto interessante no meu consumismo, não é minha genialidade matemática. Esse foi um esquema que inventei para confundir o seu cérebro, porque a verdade verdadeira, meus amigos, é que não há nada nesse mundo que eu ache realmente caro. Na minha cabeça há o que posso ou não comprar. Ou se estou disposta a pagar.

Minha cabeça é milionária. Só minha conta que é negativa.

Não tenho cartão de crédito, porque simplesmente não há a menor possibilidade de eu andar com essa arma suicida. O que eu tiver vontade de comprar, eu compro. Se passo por uma confeitaria linda de morrer, já me imagino lá dentro tomando um café, apreciando a vista para o mar. Daí que descubro, já sentadinha, me sentindo uma rainha, que  o café custa R$ 100,00. Pensa. Se eu tiver cartão, eu tomo o café, nêga. Nem ligo. Posso até perguntar ao garçom por que aquele café é tão caro, mas QUALQUER historinha que ele me contar vou achar superinteressante.

Percebem?

Dia 14: A figura de um sonho de consumo

Acredito até que isso aconteça em outros setores da minha vida. Costumo sempre pagar para ver. Às vezes minhas apostas custam muito. Às vezes eu perco. Às vezes eu ganho. Às vezes não combina com nada. Mas o bom mesmo é pagar caro por aquilo que vale cada centavo.

2 comentários

  1. Franklym disse:

    Danielle…

    Escrevi seu nome agora como naquele filme lindo, “Pra sempre Cinderela”.

    Danielle de Barbarac.

  2. Ana Márcia Cordeiro disse:

    Muito bacana. Esse desafio já tá mega valendo a pena! ;-)

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