Papa don´t preach

Desafio 50 dias
Dia 1: Uma foto sua com 15 ou 10 anos

Meu amooorrrrr, nem morta.

Se a Madonna estava assim, você imagina eu.

Fui adolescente nos anos 80. Apesar de morrer de vergonha desse look-deus-me-livre, e de brigar com meus pais JURANDO que aos 18 anos eu sairia de casa – para fugir da opressão que todo gênio incompreendido sofre –, de resto, tenho muito orgulho. Engraçado que a gente acha que fazer 18 anos é ganhar independência de brinde. Eu tinha certeza que eu já teria um bom emprego, casa, carro, telefone (o que era raríssimo naquela época), e depois, já estabilizada, me casaria com aquele serve-pra-nada, que tanto meus pais implicavam.

Oh, céus.

Não gostava muito de ler. Para falar a verdade, uma vez minha vó me deu um livro e eu quis morrer. QUEM dá livro de presente? Pensei. Eu gostava mesmo era de música. Achava genial o rock politizado do U2, Jon Bon Jovi era (era?) lindo, Madonna ótima para dançar, e cada música dos Beatles era uma nova descoberta. Meus amigos e eu sabíamos de cor todas as músicas da Legião Urbana. Cazuza só fui gostar mais tarde, até porque Cazuza fala diretamente com mulheres loucas, e isso eu também só descobri, sobre mim, mais tarde.

Meu primeiro amor, meu primeiro beijo, minha primeira vez. Apaixonei-me diversas vezes. Aliás, cultivo esse hábito até hoje, só que hoje tudo leva mais tempo para mudar de lugar.

Bem… Ih, peraí! Já ia me despedir sem contar o evento mais sensacional de toda minha adolescência: minha festa de 15 anos! Gente, como eu estava bandiiiida de manga bufante e dançando valsa?! Ai, Jisus… melhor parar por aqui, e deixa-los imaginando Madonna, né?

Beijos, amores.
Beijos, amoras.