Eu não falo do pai da minha filha. Nunca. A não ser com a minha filha. Eu havia decidido que um dia falaria caso tivesse certeza absoluta de que daríamos certo. Hoje me sinto à vontade em falar por ter a certeza de que somos absolutamente errados.
Não somos pessoas maravilhosas. Não juntos. Com outras pessoas, talvez. Não nos odiamos. Nem nos amamos. Separados somos legais, sorrimos, e às vezes até esquecemos o porquê não damos certo. Juntos despertamos o que há de pior em nós: a incompreensão, a falta de paciência, o egoísmo. Os dois se sentem vítimas de uma vida que não escolhemos. Mas, sei também que esse é apenas mais um argumento rancoroso, já que hoje sou infinitamente mais feliz como mãe, e nunca vejo minha vida como fruto de um erro, mas sim como uma dessas surpresas que Deus faz para nós.
Estou tranquila, assistindo tudo daqui de cima do muro. Não foi uma decisão… Apenas percebi que não sinto saudades de nada. Nenhuma paixão, nenhum momento muito feliz, nenhuma cumplicidade… Somos duas pessoas que não se conhecem. Há respeito, carinho também, claro, não somos insensíveis e temos um amor em comum. No entanto, não me sinto mais vítima. Acredito que tivemos apenas um momento certo escrito em linhas tortas.
Ai amiga, emocionei…
E as coisas quase sempre são tão simples assim, bem do jeitinho que você descreveu mesmo, mas a gente insiste em florear ou em tapar o sol com a peneira, tornando tudo tão mais pesado…
A verdade, por melhor ou pior que seja tem de ser leve.
Entendo perfeitamente e concordo. Aliás, vou ser mais profunda. Acompanho o MB e o blog há alguns meses e sinto que te conheço. Te admiro (e agora um pouco mais) pela forma como você fala de si mesma e principalmente por todas as vezes que você cita a Marina.
Minha filha vai fazer 3 anos no domingo (22) e mesmo hoje, estando casada e feliz, não sei o que pode ser amanhã, a única certeza, é que nada é mais importante que ela.
E não me canso de “ouvir” mulheres que não tem problemas em ter problemas e assumem completamente suas responsabilidades.
Parabéns pelo blog e pelo MB.
Obrigada, frô…
E parabéns para sua filhinha que faz aniversário hj!!! Aliás, parabéns para vcs duas, né? Há 3 anos nasceu uma menina, e uma nova mãe! ;-)
É preciso ter muita maturidade e luz pra ver as coisas assim, tão cristalinas e simples. Perfeita sempre!
beijos
Se for pensar, se não fossem essas linhas tortas, quando você “planejaria” Marina? Minha mãe vive dizendo que nunca soube escolher pai para os filhos (nem o meu nem o do meu irmão são exemplos positivos), e ainda assim teve dois filhos que não trocaria por nada.
Fico feliz por ver essa tranquilidade de quem superou algo e conservou só a parte boa pra você. É tão bom quando podemos olhar “de fora” para situações que já vivemos, como se fôssemos espectadoras que observam uma personagem vivendo suas trapalhadas tragicômicas. A gente sente empatia pela personagem, mas a dor dela já não dói na nossa carne.
Beijo!
Acho muuuito legal ver hoje essa paixão imensa sua. que deixou de ser Dani Means, para ser a MÃE da Marina.
Que no meio dessas estradas e curvas, Deus traçou uma linha torta pra escrever certo, e te mostrar o caminho da mais concreta felicidade.
Vc não se imaginava mãe; mas Deus sabia do seu potencial. e tratou de te mostrar isso rsrsrs
Todo amor que houver nesta vida pra vocês… aunnnnnnnn
E vc sabe que foi uma pessoa importantíssima nesse processo, né, amigammm? Não esqueço o apoio e o carinho que vc teve (e tem até hj!) por nós duas!
Todo amor que houver nessa vida para todas nós!!! :´)