Quem? Eu?!
Estava aqui pensando…
Sempre tive fama de namoradeira. Na minha formatura, racharam minha cara de vergonha na frente da minha família, professores, e ainda o amor da minha vida da última semana, que estava lá de quebra. Naquele momento tão esperado, o que finalmente receberia o diploma, eu crente que colocariam uma música do Chico Buarque e me descreveriam como intelectual… me colocaram uma musiquinha safada do Sandy & Júnior, e me descreveram como desligada, esquecida e namoradeira. Logo eu. E lá fui receber meu diploma, com a cara toda vermelha, agüentando meus professores rindo, e depois explicar para minha família e para o amor da minha vida da última semana, que não era bem assim.
Na verdade esqueceram de dizer que além de desligada, esquecida e namoradeira, também sou sanguinária.
Vontadinha de matar, né?
Já disseram que penso como homem. Uma vez, AM me disse que se eu fosse homem, seria cafa. Numa das reuniões do MB, depois de ouvir uma das burraldas, lhe dei um conselho. Assustaram-se quando confessei que eram coisas minhas e não que fizeram comigo (afinal, sou uma MB).
Já disseram que sou malandra. Já disseram que não presto muito. Às vezes eu mesma não me acho recomendável, e às vezes aviso. Mas, acreditem…sou inofensiva… Não esqueçam que cachorro que late, não morde.
Na verdade as pessoas não entendem muito que eu me apaixono o tempo todo. O fato de você achar uma rosa vermelha linda não te impede de achar as brancas, amarelas, rosas, igualmente lindas e apaixonantes, e querê-las embelezando a sua sala. E isso não tem nada a ver com fidelidade. O que você sente por alguém não tem nada a ver com o que você sente por outrem. Estamos falando de paixões…e não de amor.
O amor ocupa espaço. Amor é intransferível. Amor é incondicional. Amor sustenta. Amor é suficiente. O amor não dá espaço para outras paixões, nos apaixonamos pelo nosso amor o tempo todo. Quando se ama alguém, nada consegue ser mais bonito ou mais importante. Nada me deixa mais feliz. Nada me deixa mais viva! Nada me deixa mais honesta…Ou…nada me deixa mais apaixonada e centrada. Se minhas paixões costumam durar tanto quanto um copo de Coca-cola, meus amores duram toda vida. Sim, toda vida. Mesmo aqueles que não deram certo pra sempre.
Sempre tive muitas paixões, que apaguei todas as vezes que eu quis, e sei que vou continuar apagando quando achar necessário. Mas todos os meus amores aprendi a guardar naquelas caixinhas de presente, e colocá-las no armário, lá naquele cantinho que a gente não mexe mais. A saudade às vezes costuma sair da caixinha, mas com o tempo ela aprende onde ficar.
Beijo para vocês, meu amores.
E todo amor que houver nessa vida para nós.
(e chega de caixinhas, né?)